É chegado o momento em que somos incumbidos a discorrer acerca de um
determinado assunto. Mas, afinal, será mesmo que estamos preparados? Tal
circunstância, na maioria das vezes, se torna estigmatizada, o que
implica, tão somente, em resultados negativos.
Entretanto, esta concepção pode se mostrar contrária ao passo que
dispomos de subsídios necessários à execução do referido procedimento.
Competências... esta seria a palavra-chave, pois está relacionada aos
conhecimentos que devemos ter sobre as particularidades inerentes às
técnicas que norteiam a linguagem escrita. Isso implica dizer que as
diferentes tipologias se constituem de marcas linguísticas também
distintas.
E, por assim dizer, o texto dissertativo-argumentativo é uma modalidade
ainda bastante requisitada pela maioria dos exames, apesar destes já se
apoiarem em outros gêneros. Para tanto, com vistas a aperfeiçoarmos
nossos conhecimentos sobre o assunto, analisaremos alguns aspectos que
lhe são peculiares.
Antes de tudo, o ideal é sabermos que teoricamente o texto dissertativo
pauta-se pela explanação de um determinado assunto, realizada de
maneira estritamente objetiva. Não há lugar para “achismos”, posto que a
verdade em que se acredita precisa se caracterizar como algo universal –
fazer parte também da concepção dos demais interlocutores –, portanto,
juízos de valor que denotem subjetividade são dispensáveis neste caso.
Como exemplos, citamos as matérias jornalísticas não opinativas, no caso
das notícias e reportagens, bem como os textos de divulgação
científica, didáticos, enciclopédias, e outros.
E com referência ao termo “argumentativo”? O que ele nos revela? Eis
uma característica intrínseca ao nosso conhecimento de mundo, pois
permite nos posicionarmos mediante aos argumentos apresentados. Para
tanto, faz-se necessário que estejamos “antenados”, conectados a tudo o
que acontece à nossa volta, pois caso contrário, não teremos o que
discutir, haja vista que o objetivo maior da argumentação é o de
realmente convencer o interlocutor do nosso posicionamento acerca de uma
tese, isto é, de uma ideia passível de discussão.
Não deixemos de mencionar que tais argumentos, necessariamente, devem
estar reforçados em fontes seguras, passíveis de credibilidade, e não
algo proveniente do além. No intento de torná-los verídicos, plausíveis
aos olhos do interlocutor, é essencial nos atermos a alguns elementos
que caracterizam sua fundamentação. Eis que seguem:
* Argumentos baseados no senso comum – fundamentam-se em valores reconhecidos e compartilhados pela maioria das pessoas pertencentes a um grupo social;
* Argumentos baseados em citações – referem-se à
opinião de uma pessoa com certo grau de influência (podendo ser uma
autoridade) no que tange ao assunto em questão;
* Argumentos baseados em evidências – como no seu
sentido literal, se relacionam a fatos passíveis de comprovação, isto é,
dados estatísticos, pesquisas, informações científicas, exemplos reais
ou hipotéticos, dentre outros;
* Argumentos baseados no raciocínio lógico – estabelecem
relações lógicas entre as ideias apresentadas. Tais relações podem ser
de causa e consequência, analogia, oposição, dentre outras.
Mediante os referidos posicionamentos, podemos constatar que a eficácia
de um texto dissertativo-argumentativo se encontra arraigada em uma
série de pressupostos cuja função é a de conferir credibilidade e
exatidão ao discurso proferido pelo anunciador.
http://www.portugues.com.br/redacao/redacao-concursos/o-texto-dissertativo-argumentativo---modalidade-requisitada-concursos-vestibulares-.html
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